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WALMIR AFFONSO JÚNIOR
DEPOIMENTOS 22-01-2019

WALMIR 


APROVADO NO I CONCURSO UNIFICADO DA MAGISTRATURA TRABALHISTA


 


Quando lia os depoimentos dos aprovados eu ficava me perguntando se um dia chegaria o dia em que eu faria um desses. Enfim esse dia chegou. Vou contar pra vocês um pouco da minha caminhada, que não foi fácil, mas compensadora! Além da aprovação....nessa caminhada conheci pessoas incríveis e amigos que vou levar para o resto da minha vida!


Confesso que até agora não caiu a ficha que consegui a tão sonhada aprovação, mas vamos lá. Já adianto que não há formulas mágicas, cada um tem um estilo de estudo que lhe rende mais, mas algumas dicas podem ser valiosas.


Minha paixão pelo direito do trabalho já começou na faculdade, tive excelentes professores de Direito e Processo do Trabalho, e no 4º ano, eu consegui uma vaga de estágio com um advogado que prestava serviços para um Sindicato...o que caiu como uma luva para mim. Após me formar, passei na prova da OAB no início de 2009 e de imediato já comecei a advogar junto ao Sindicato (foi uma verdadeira escola, aprendi coisas que não se vê em livros ou em salas de aula).


Sempre gostei muito da advocacia, é uma profissão linda....mas sempre tive o sonho da magistratura do trabalho. Como ainda não tinhas os 3 anos de experiência jurídica, comecei a fazer concursos para analista de TRT, mas sem sucesso.


Em 2011 comecei a me preparar com mais afinco para os concursos da magistratura do trabalho. No mesmo ano fiz minha primeira prova para a magistratura, no TRT15. Para minha surpresa, fiz 65 pontos. Não fui para a segunda fase, mas fiquei com a impressão de que realmente era possível.


Só que nesse ponto eu cometi um erro grave. Considerando que eu já atuava na área trabalhista eu criei um estigma de que indo bem em direito e processo do trabalho eu me virava nas demais matérias. Grande engano. Eu me aprofundei em direito e processo do trabalho, e constitucional, li doutrinas de "cabo a rabo" (Mauricio Godinho Delgado, Mauro Schiavi, Vólia, Luciano Martinez, Pedro Lenza, entre outros), mas deixei de lado as outras matérias.


Resultado: não conseguia passar dos 70 pontos nas várias provas que fiz entre 2011 a 2013 - TRT1, TRT2, TRT4, TRT9, TRT15. Fiquei muito feliz na prova do TRT24, fiz 81 pontos....mas quando saiu o gabarito, nota de corte 88 pontos :(


Nesse meio tempo, eu e meus amigos montamos um grupo de estudos aqui na minha cidade (Itapetininga-SP). Nos reuníamos nos finais de semana para resolvermos questões de primeira fase. Foi bastante produtivo, mas minha nota na primeira fase ainda não estava perto da nota de corte.


Em 2013 foi um ano bem difícil. No inicio do ano, minha mãe veio a falecer repentinamente . Fiquei sem chão. A partir desse dia eu parei totalmente com os estudos, não tinha mais forças para continuar. Com absoluta certeza, foi o momento mais difícil da minha vida. Não tinha vontade de estudar, de trabalhar, estava entrando em depressão...foi realmente um período muito difícil. Até que no final de 2013, minha esposa e meus amigos insistiram para eu voltar a estudar e fazer o concurso de analista judiciário no TRT15. Fui fazer a prova sem estudar, e sem qualquer pretensão.


Resultado: fui aprovado no polo de Sorocaba-SP na 13ª colocação. O resultado saiu em março de 2014. Era o empurrão que eu estava precisando para prosseguir.


Voltei a frequentar o grupo de estudo com meus amigos. A essa altura do campeonato, já com menos integrantes. Só que desta vez, fizemos diferente. Como já tínhamos feito um estudo bastante denso das principais matérias do concurso, decidimos focar na primeira fase, passamos a bater todo o edital, com estudo da lei seca e jurisprudência (sumulas, OJ's, informativos) e resolução de questões. Minhas notas nos simulados que fazia começaram a subir, o que deu mais motivação para estudar. Eu estudava uma média de 5 a 6 horas por dia (2h pela manhã e 3/4h pela noite). Claro que não era todo dia que rendia. É difícil conciliar trabalho com estudos. Mas não deixava de estudar nenhum dia sequer. Uma dica muito importante: resolver provas, com cronometro de tempo, para simular, de fato, como será a prova real.


Voltei a fazer provas para a magistratura do trabalho em 2014, fiz as provas do TRT3, TRT18 e TRT1. Pela primeira vez minha nota estava se aproximando da nota de corte (3 a 5 pontos). Em 2015 fiz as provas do TRT2/TRT1/TRT23....em todas batendo na trave.  Ainda em 2015 eu fiz a prova do TRT15...naquela prova eu senti algo especial, estava sentindo que aquele seria meu momento. Mas aconteceu o inesperado. Na noite anterior à prova, eu passei mal no hotel, a ponto de não conseguir dormir e decidir não fazer a prova. Mas como estava junto com meus amigos, acabei indo até a faculdade com eles. Lá eles me convenceram a fazer a prova. Eu consegui acertar 81 questões e a nota de corte foi 79. Foi uma alegria tão grande que eu nem acreditava no que tinha acontecido. Fiquei tão feliz quanto o dia em que saiu a minha aprovação no concurso de analista do TRT15.


Só que a alegria não durou muito. Após a euforia do resultado da primeira fase eu estava totalmente perdido. Não fazia ideia do que estudar, como estudar, enfim... bateu um desespero rsrs.


Esse foi meu segundo grande erro. Estudar para a segunda fase somente após o gabarito da primeira fase. Tive menos de dois meses para aprender a fazer sentença e responder as questões discursivas. Não tinha limitação de linhas. Então, tanto na discursiva quanto na sentença, era muita coisa para escrever em muito pouco tempo.


Foi ai que conheci a Karla Almada e o curso KAPA. Diante da minha dificuldade em não saber o que estudar, ela montou um cronograma de estudos até a data da prova. O legal é que eu fiz uma prova com umas 120 questões, misturando discursivas com questões de múltipla escolha, sem consulta...e a partir daí, de acordo com minhas dificuldades e com a banca examinadora, a Karla montou um cronograma bem detalhado, com correção de questões discursivas e sentença...me deu um norte! 


Treinei muita questão discursiva e sentença. Essa etapa de estudos foi bem legal, pois uma amiga, que já tinha ido para a segunda fase no TRT23, também tinha ido para a segunda fase no TRT15, então estudamos juntos, um ia corrigindo as respostas e sentenças do outro, fomos trocando material...isso ajudou de mais.


Aqui eu senti que foi de enorme valia aquele estudo denso que fiz sobre as principais matérias do concurso entre 2011/2013. As respostas das questões discursivas estavam fluindo. O único problema era a sentença. Faltando duas semanas para a prova, eu não estava conseguindo terminar a sentença em 4 horas. Eu só consegui chegar perto das 4 horas na semana anterior à prova. A prova discursiva foi bem legal de desenvolver. Mas a sentença foi cruel. Caiu uma Ação Civil Pública gigante! Me perdi no tempo. Resultado: passei na discursiva (6,0) mas fiquei na sentença (5,0).


Fiquei muito triste com a reprovação na sentença, mas ao mesmo tempo fiquei com a sensação de que era possível. Continuei firme nos estudos. Em 2016 fiz as provas do TRT3, TRT2, TRT1 e TRT4. Com exceção da prova do TRT3, que foi anulada, nas demais fiquei por um ou dois pontos na primeira fase. PARA MIM, A PRIMEIRA FASE FOI COM CERTEZA A MAIS DIFÍCIL.


Quando saiu a noticia de que o concurso passaria a ser unificado eu falei pra mim mesmo que esse ia ser o meu concurso. Passei a trabalhar somente no período da tarde. O apoio da minha esposa foi fundamental, pois já fazia um bom tempo que eu estava com um pé na canoa do concurso e outro na canoa da advocacia, e precisava resolver minha vida. Passei a estudar de 8 a 9 horas por dia. Montei meu cronograma e comecei a ler a letra da lei seca, sumulas, oj's, informativos e resolver muitas questões de primeira fase. Eu fazia uma média de 100 a 120 questões por dia. Só que desta vez fiz diferente. Alguns meses antes de sair o edital do concurso eu comecei a estudar sentença e questões discursivas. De segunda a sexta-feira resolvia questões de primeira fase e nos finais de semana resolvia sentença e questões de segunda fase.


Quando saiu o edital eu mantive o mesmo ritmo de estudos, fazendo questões de primeira fase de segunda a sexta-feira, e questões de segunda fase e sentença nos finais de semana. Eu reitero aqui, que para mim, a fase mais difícil foi a primeira. E é muito difícil conseguir e manter uma disciplina de estudos, pois o estudo da letra de lei acaba ficando chato. O que me ajudou muito foi o grupo de estudos, que a essa altura já tinha virado uma dupla rsrs...eu e meu amigo nos reuníamos todos os dias por skype, no período da noite para resolvermos questões....resolvíamos individualmente, e no final de cada rodada de questões debatíamos as que erramos, ou as que acertamos no chute, enfim....essa parceria foi muito boa, pois além de ter o compromisso de todo dia estar alí para estudar, o que ajudou na disciplina, tornou o estudo mais dinâmico. Mantivemos esse ritmo até a véspera da prova da primeira fase.


Fui premiado com 80 pontos na primeira etapa. Depois que saiu o gabarito, imediatamente me programei para o estudo da segunda fase. Essa nova etapa de estudos, direcionada para a segunda fase, foi a mais gostosa. Aqui, eu contei novamente com a ajuda do curso Kapa. A Karla montou um novo cronograma de estudos, mas, considerando que eu já tinha sido reprovado em uma prova de sentença, resolvi intensificar as resoluções de sentença. Eu fazia sentença dia sim, dia não, cronometrando o tempo.


Além das sentenças, resolvi muitas questões discursivas. Mas o concurso nacional tinha uma peculiaridade, as repostas das questões discursivas tinham limite de 30 linhas. E como é difícil escrever tanto em apenas 30 linhas...foi, com certeza o maior desafio dessa prova, concatenar o máximo de informação no menor espaço possível. A cada ponto que eu estudava, elaborava um texto de 30 linhas, simulando uma pergunta com resposta, e cronometrando o tempo...isso ajudou muito!


Após um período intensivo de estudos, chegou o grande dia. A prova discursiva foi difícil, 10 questões para serem escritas em 5 horas (meia hora para cada questão), mas tirando uma questão de direitos reais, nada impossível de se fazer. O grande problema, novamente, foi a prova de sentença. Uma prova com 40 laudas e letras miúdas, com mais de 30 itens para julgar, entre preliminares e pedidos. Quando eu terminei de ler o caderno de prova e montar um esboço da minha sentença, já havia passado 2 horas de prova. Foi realmente muito difícil. Consegui terminar a prova, mas não da forma como queria. Saí da sala de prova quase chorando. Foi uma sensação terrível de nadar, nadar e nadar, e morrer na praia, pois mesmo depois de tanto treino, eu tinha me perdido no tempo novamente.


As sessões de divulgação dos resultados são sempre muito tensas. Na prova discursiva, que eu estava mais confiante, eu tirei 6,51. Mas o difícil mesmo foi aguardar o resultado da sentença. Eu tinha quase certeza que não tinha conseguido. Cheguei a iniciar um novo curso semestral de sentença presencial. Mas para a minha felicidade não precisei dar continuidade. Fiz 6,12 pontos na prova de sentença. Pode ter sido uma simples coincidência, mas o resultado da prova de sentença saiu no mesmo dia em que estava acabando o prazo de validade daquele concurso de analista em que fui aprovado no TRT15, e não fui nomeado, o que para mim foi bastante simbólico.


Enfim, estava na prova oral! Foi uma sensação única! Num primeiro momento, uma alegria que não cabe dentro da gente. Mas uns três dias depois, bateu o desespero, eu estava na prova oral e não fazia ideia do que estudar, de como estudar, e pior...estava com a sensação de que não sabia nada, de que eu era uma fraude rsrs...mas acho que todos passaram por isso.


Acho que foram os 5 meses mais tensos da minha vida. Durante toda nossa vida de estudos, ficamos acostumados a fazer provas escritas, que nos dão tempo para pensar, para fazer um rascunho ou um esboço. Em caso de erro, dá pra colocar um "digo" e segue o jogo. Mas não temos isso na prova oral. É diferente de tudo que eu já tinha estudado. Mesmo acostumado a fazer audiências como advogado, é diferente quando se está sendo avaliado. Aqui, além do conhecimento jurídico, era necessário técnicas de oratória, postura, e muito, mas muito treino.


Depois de ter chego até aqui, resolvi dar uma cartada final. Eu consegui me afastar do trabalho para focar única e exclusivamente nos estudos. Foi uma decisão difícil, principalmente por conta da questão financeira. Eu tinha uma quantia de dinheiro guardada que eu havia recebido de herança de minha avó. Na verdade eu e minha esposa íamos usar esse dinheiro para comprar um terreno, mas decidimos investir no concurso.


Montei um cronograma de acordo com o edital e com as matérias mais difíceis e mais extensas. Estava estudando de domingo a domingo, uma média de 12 horas por dia. Mas a ansiedade bateu forte. Não estava conseguindo dormir e os estudos não estavam rendendo. Sem contar a palpitação no coração na hora dos simulados rsrs....Nessa etapa uma grande amiga, que estava na prova oral do TJ-SP, me indicou uma psicóloga especializada em provas orais. Foi muito importante nessa etapa da preparação. Me ajudou  a refazer o cronograma com metas atingíveis, me ajudou na parte postural,  a controlar a ansiedade, ganhar confiança e a entender que também era preciso descansar. Aqui vai uma dica valiosa: tire um dia da semana para descansar a mente. O descanso também faz parte da preparação.


Nessa fase do concurso fiz vários cursos simulados e novamente contei com a ajuda do curso Kapa. Gostaria de aproveitar a oportunidade e agradecer mais uma vez a Karla, e aos queridos professores Gabriel Calvet, Lucas Cordeiro e Alice Leite! Realizaram um curso incrível, com simulados que se aproximaram muito da prova real. Foi o primeiro dos cursos que fiz nessa etapa. Foi essencial para quebrar o gelo, para tirar aquele medo da prova oral e passar a confiança e a certeza de que estava no caminho certo.


 Além dos cursos, fiz vários simulados por skype com professores e amigos que fiz nessa caminhada. E estudei muito. Enfim, se pequei, foi por excesso. Dei meu máximo para fazer a tão almejada prova oral. Apesar de muita tensão, foi uma período fantástico, em que aprendi muito e conheci pessoas e amigos incríveis.


Após esse período de preparação, enfim, chegou o dia da prova oral. A prova em si, não é um bicho de 7 cabeças, mas as 24 horas a partir do sorteio do ponto até a hora da prova são muito, mas muito tensas. Na verdade não tem como aprender algo novo nesse período, pois é muita coisa para estudar em um tempo tão curto. Usamos essas 24 horas para fazer uma revisão. Mas mesmo assim, é um conteúdo enorme para rever. Me acompanharam nas 24 horas, minha esposa, e minha amiga Juliana, meu anjo. O sorteio do meu ponto foi às 9 horas do dia 11/09. Comecei a estudar as 10h. Após 12 horas de estudo ainda faltava metade do conteúdo do meu ponto para ser estudado. Se não fosse meu anjo que me acompanhou nas 24 horas e meus anjos remotos que mandaram muito material para o estudo, certamente eu não conseguiria, pois o cansaço foi batendo e o desespero também. Mas no final, apesar do cansaço, eu consegui ver tudo que tinha planejado. No caminho do hotel, em Brasília, até o TST, eu tive a sensação de que não tinha guardado nada do que estudei, e o nervosismo bateu forte rsrs. Mas quando entrei no local da prova e sentei na mesa diante dos examinadores, todo o nervosismo passou. É verdade que o primeiro examinador, o advogado da banca, pegou pesado comigo, mas me recuperei com os quatro Ministros e  fiz uma arguição regular. Após a prova, a sensação de ter tirado o mundo das minhas costas foi incrível. Dever cumprido.


Eu sabia que minha prova não tinha sido "A PROVA", fui mal no começo e tive que me recuperar. Mesmo assim eu estava confiante. Mas no dia da divulgação do resultado levei um tremendo susto. Antes da divulgação da minha nota, saíram várias notas baixas inclusive com a reprovação de amigos que fiz nessa caminhada...foi tenso. Nesse momento eu achei que não tinha conseguido. Quando anunciaram meu nome divulgaram as seguintes notas: 6,5 - 5,5 - 6,0 - 6,0 e 6,5 - PASSEI!!!!!! Foi o dia mais feliz da minha vida!!! A realização de um sonho!!!


Não foi fácil. Abdicar de tempo com minha esposa, família e amigos, é muito sacrificante. Mas valeu a pena cada minuto, cada segundo que eu fiquei sentado na minha escrivaninha, estudando. A mensagem que gostaria de deixar com esse depoimento para os colegas e amigos que estão nessa caminhada é: NUNCA DESISTAM DE SEU SONHO, A PERSISTÊNCIA E A DEDICAÇÃO FARÃO ELE SE TORNAR REALIDADE!!!






 


 




 
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